sábado, 6 de fevereiro de 2010

E o beisebol nos outros estados não confederados a CBBS. A quanto anda?







Para falar sobre isso como eu havia prometido a vocês, estou fazendo esse artigo extensor à série de matérias: Estados Confederados a CBBS. Agora eu vou falar sobre os estados brasileiros que “ainda” não são confederados, mas se tem notícia da prática do beisebol; ou seja, por “peladas” (jogos realizados geralmente nos finais de semana, como única intenção o divertimento), ou até mesmo mini-torneios de um ou mais dias com alguns participantes. Eu disse “ainda”, porque a integração como filiado a CBBS dependerá de vários fatores, entre eles: a criação de uma federação estadual, que poderá ocorrer com o passar do tempo nesses estados.
Sendo assim, vamos iniciar essa matéria, que eu tive a preocupação em agrupar os estados por sua região, e contar um pouco mais sobre essa rica história que estamos vendo acontecer que é: O Progresso do Beisebol Brasileiro.

Região Sudeste

Eu não vou ficar falando sobre Rio de Janeiro e São Paulo, pois já falei desses dois estados, mas vou falar do beisebol praticado em Vitória, ES que ocorre lá há algum tempo.
No Espírito Santo (estado) as atividades de Beisebol tiveram início dentro da comunidade japonesa local. A equipe foi criada pela Associação Nikkei de Vitória (ANV), no ano de 1988. O professor Seiji Oku, da JICA, com o apoio de diversos associados, conseguiu algumas doações de equipamentos enviados do Japão, e começou a treinar a garotada. No início os treinos eram realizados em um campo localizado onde atualmente é o Clube Capixaba de Golfe, no município da Serra. Posteriormente os treinos passaram para o campo construído pela Prefeitura Municipal de Vitória ao lado da ANV, no Parque Pedra da Cebola. Essa foi uma importante mudança para o desenvolvimento do Beisebol no estado, especialmente por facilitar o acesso dos atletas. A equipe sempre se pautou na disciplina e dedicação, e com este espírito que o Departamento de Beisebol e Softbol tem trabalhado para desenvolver a modalidade na Grande Vitória. No ano de comemoração dos 20 anos da equipe (em 2008), foi conquistado o título de Campeã do II Torneio Nacional de Beisebol Iniciante.



A foto acima e do lado, e do campo no Parque Pedra da Cebola, Vitória ES.

Região Sul

Como eu já falei do beisebol praticado no Paraná, hoje eu falarei de uma história recente, de um beisebol que vem sendo construido no estado do Rio Grande do Sul.
No Rio Grande do Sul, o esporte ainda está em crescimento. Hoje em dia tem 5 times, que disputaram a Liga Gaucha de Beisebol 2009, são: The Hunters, de Santa Cruz do Sul; Bromos, de Pelotas; Farrapos, de Porto Alegre; Ceramica, de Gravatai; e Seinenkai, de Porto Alegre.

Região Nordeste

Quem disse que nordestino não sabe o que é o beisebol? Eles sabem muito bem, e já comecam a se destacar no esporte, principalmente dentro dos estados: Rio Grande do Norte e Pernambuco, que fizeram a final da I Taca Nordeste de Beisebol, materia divulgada por mim em Dezembro do ano passado (ver: Natal Solaris, Campeão da I Taca Nordeste de Beisebol, dentro do marcador beisebol nacional).
O beisebol e o RN têm uma ligacão antiga que se perdeu com o passar dos anos. Durante a segunda guerra mundial e a construcão da base aérea de Parnamirim, Natal foi apresentada ao beisebol, esporte trazido pelos aliados. Estes usavam Natal como ponte para chegar mais perto de seus inimigos na África e Europa e assim houve o primeiro contato entre o esporte e a cidade. Infelizmente, o esporte foi esquecido com o passar dos anos.
No dia 18.05.08,sete atletas realizaram na capital potiguar o primeiro treino de beisebol com jogadores nascidos no Brasil. Com apenas três bolas, quatro tacos e duas luvas, os principios basicos do esporte foram ensinados e postos em prática. Mais uma vez a UFRN entrou para a história ao sediar este treino em seu campus central.
O nome do time (Natal Solaris) surgiu em homenagem ao sol forte que paira sobre a cidade e à curiosidade de que, mesmo em dias chuvosos, as nuvens se dispersavam e o sol resplandecente agraciavam os treinos com seus raios.
Mesmo com a distância do beisebol e a cidade de Natal, o Natal Solaris é o único time de beisebol do Rio Grande do Norte. Contando com mais de 20 atletas que possuem em média 25 anos de idade, o time possui uma frequência usual de 10 jogadores por treino. Os treinos são realizados no campus central da UFRN, mais especificamente “Mini-Campo dos Eucaliptos” e no campus principal da instituicão.
“Buscamos a solidificacão do beisebol no estado através de um projeto em andamento de ensino do esporte às criancas e jovens, almejando assim a perpetuacão do mesmo.”
O Natal Solaris possui um vinculo com a ANEB (Associacão Nordestina de Beisebol), fazendo também parte da mesma os estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará. Assim unidos, estes estados buscam a solidificacão do beisebol no Nordeste.
O outro estado que também está iniciando na prática do beisebol na região, foi do time que fez a final da Taca Nordeste com o Natal Solaris, Pernambuco. O estado conhecido mundialmente pelo frevo, também tem iniciado sua trajetoria no beisebol recentemente.
Tudo comecou em 2006, com a criacão do time Recife Baseball. Primeiro time de beisebol de Pernambuco, eles também treinam em uma universidade federal, a UFPE. Eles treinam dentro do campo de educacão fisica do Hospital Oswaldo Cruz.

A foto acima, mostra o time do Natal Solaris treinando dentro do campus da UFRN, para a I Taca Nordeste de Beisebol que ocorreu em Dezembro último.

Região Centro-Oeste

Além de Mato Grosso do Sul e a Capital Federal, Brasilia. Mato Grosso também tem se destacado na pratica do beisebol na região central do país.
O beisebol e softbol já são praticados há décadas no estado do Mato Grosso. Além da capital Cuiabá, cidades interioranas como Tangará da Serra e Cáceres, este campeão da última edição, a 31ª do Campeonato Matogrossense de Beisebol Adulto.
Outro fator importante que ocorreu recentemente dentro do estado, foi à fundação, no último dia 03 de Junho de 2009, da Federação Matogrossense de Beisebol e Softbol.
Sétima federação estadual fundada no Brasil, a entidade será comandada pelo jovem presidente Sergio Yugi Izawa e terá sede na capital Cuiabá. "Em nome da Confederação, gostaria de dar as boas-vindas à Federação Matogrossense e desejar perseverança e força para estes novos dirigentes do beisebol e softbol brasileiros", disse Jorge Otsuka, presidente da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS). "Buscaremos apoiar o trabalho desta nova federação e esperamos que estes esportes possam desenvolver mais ainda no Mato Grosso", completou.
Mato Grosso que conta com 2 campos de beisebol: Dom Aquino e Várzea Grande.
A desenho acima, é do emblema do time Tangará Troopers, da cidade de Tangará da Serra MT.
Região Norte

O norte do país também tem se destacado há anos dentro do cenário do beisebol nacional, tudo graças à imigração japonesa no Pará que já completou 80 anos, principalmente na cidade de Tomé-Acu.
A colônia japonesa no local é tão organizada, que conta até com um estádio de dimensões oficiais com arquibancada para acolher o público, tudo com muita simplicidade mais com uma estrutura incrível. O grande problema, é que o beisebol praticado por lá ainda se restringe muito a colônia japonesa, tendo assim os “gaijins” (não descendentes de japoneses) dificuldades em praticar o esporte. Mesmo cenário também acontece em Manaus, outro grande pólo do beisebol na Região Norte do país, que conta com um campo em sua região metropolitana (Campo do Country Club de Manaus). Por isso os torneios realizados nesses dois estados ainda são muito restritos aos times pertencentes à colônia japonesa.
















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